21 de setembro de 2017

Tudo o que era sólido...

Havia aqui ao lado um pequeno prédio de três andares, talvez com umas quatro ou cinco décadas de existência.  Como tantos outros, não resistiu ao processo de verticalização do centro de São Paulo: foi posto abaixo, e, no momento em que escrevo, um "tranquilo" sábado (6/8/2016), vejo da janela as escavadeiras e (desespero!) o equipamento de "bate estacas" (correção 15/8: ainda não era o bate-estacas, mas sim uma espécie de furadeira gigantesca!) trazido ontem, e que deve entrar em funcionamento nos próximos dias.  Na posição de observador passivo e apreensivo, resolvi transformar parte da experiência de "emparedamento" (perderemos um bom tanto de sol matutino), perda de tranquilidade e sono (vários meses de barulho já sofridos, com muitos ainda adiante - e trabalham inclusive aos sábados, a partir das 7:00h!), móveis empoeirados, e outros desgostos, em uma pequena diversão: fotografei parte da destruição, a preparação do terreno, e pretendo registrar também o nascimento do novo cogumelo de concreto.  Abaixo uma seleção das curiosas cores, formas e sombras que vejo do meu apartamento.

Continuarei a alimentar esta página com as fotos mais interessantes, sempre em ordem temporal inversa, ou seja, as mais recentes no topo.



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5/3/2016 13:31 (infravermelho)

2/3/2016 8:01

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20/2/2016 10:23 (infravermelho)

2 comentários:

  1. Contudo, o canteiro rende cenas e imagens poéticas, cotidianamente, algumas registradas; outras, apenas observadas. O que foi, não será mais e, já que não há remédio para o fato, a gente muda de ângulo, no esforço de ver em que parte dos escombros terá se escondido a tal da "beleza que salvará o mundo". E eis que "ela" se mostra, nas cores inesperadas das camadas de terra, nas máquinas-êmulos de membros humanos, na dodecafonia dos metais revolvidos - restos de titãs despertados e, sobretudo, nas figuras e movimentos dos habilíssimos trabalhadores.

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  2. Sim, hoje já estamos na terceira era do ciclo de destruição-construção das habitações vizinhas: primeiro o traumático (sonoro e poeirento) desmanche; depois a preparação do terreno, quando a terra vermelha e amarela, que não via o sol há décadas (ou mais...) pôde de novo, ainda que brevemente, respirar e sentir o ar frio do inverno paulistano; agora, fincam-lhes as estacas (felizmente, a tecnologia nos salvou do bate-estacas: é o gigantesco arco-de-pua [pegando emprestado o carinhoso apelido] quem faz o trabalho) sobre a qual flutuará o novo edifício, qual palafita urbana. Vamos, juntos, aguardar (poética e pacientemente, como o fazem os gatos) da nossa janela as eras vindouras, pois, como disseste, o que foi não será mais

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